De Campinas-SP
Para UFOVIA
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Este local fica em frente da Estação de Tratamento de Água números 3 e 4 da SANASA/Campinas
Conta a testemunha que, “Havia ganho uma cachorra Pointer de um médico e estava treinando-a para caça. Naquele sábado fui fotografar o aniversário do filho de um amigo, onde tirei nove fotos de um rolo de 12 chapas. Por volta das 16h saí da festa e coloquei a máquina fotográfica, no porta-luvas do carro. Passei em casa, peguei a cachorra Tolly e fui para a estrada de Sousas, pouco depois de onde estavam abrindo a entrada da Rodovia Dom Pedro I. Comecei a treiná-la com uma bolinha de tênis, onde havia amarrado várias penas de codorna. Cheguei ao local entre 16h30 horas e 17h. O local fica em frente da Estação de Tratamento de Água 3 e 4 da Sanasa. O dia estava muito bonito, tarde linda. Não me lembro se ventava e nem a quantidade de nuvens que havia. Quando cheguei ao local, subi num barranco de um metro de altura, mais ou menos, o local era de pasto, terreno limpo. Jogava a bolinha com as penas amarradas e ensinava a cachorra a ir buscá-la”.
Diniz permaneceu ali por alguns momentos, jogando as bolinhas para sua cadela buscar, até que, conta ele, “Num dos momentos de jogar a bolinha, escutei um som parecido com os elevadores de postos de combustíveis, aqueles que levantam o carro para trocar o óleo do motor, mas, quando o elevador está abaixando. O som foi bem forte e isso me chamou a atenção. De onde eu estava olhei para baixo, na direção do som e um objeto vinha da direção de Jundiaí. O objeto estava bem mais baixo da posição em que eu me encontrava”.
Diniz disse que o tal objeto voava a uma distância comparada à altura de um poste de rua. “Quando vi que ele vinha subindo lembrei da máquina fotográfica no porta-luvas e corri buscá-la, pois, a minha primeira impressão foi de que um helicóptero que ia bater, que ia cair e daí, veio o espírito de repórter”, disse.
No entanto, o que ele avistou foi um objeto em formato de disco. Ele explica o que viu, “A cor do disco voador era prata/cinza, brilhante. Não vi nenhuma luz e a cor era do próprio metal. A minha maior preocupação foi com o foco da máquina fotográfica: puxei o carro da máquina para o infinito. Quando eu consegui pegar a máquina o disco voador já estava numa altura maior”.
Ele conseguiu pegar a máquina fotográfica e bater três fotos do UFO, que variou de altitude enquanto ele fotografava. Ele conta que, “Durante toda a observação, o disco manteve a mesma velocidade, porém em alturas diferentes. Após a última foto, o disco foi para a direção de Itatiba e Bragança Paulista. O disco sumiu, subindo cada vez mais. Do primeiro ao último momento da observação houve, aproximadamente, uns dois minutos e o som continuou constante. No céu não havia mais nada”.
Após o seu avistamento, Olney Diniz se colocou a refletir. Ele sabia que aquilo que presenciou era algo completamente diferente de qualquer avião conhecido. E afirma, “Como fotógrafo de imprensa eu já voei em helicópteros, vários outros aviões e nunca vi nada igual. Quando fui dar entrevista na TV Tupi, da cidade do Rio de Janeiro, o doutor Coelho Neto [N.E.: conhecido pesquisador de UFOs e autor carioca] me perguntou se havia fios de alta-tensão no local em que vi o disco e eu disse que sim. Aí o doutor Coelho Neto me disse que, eles, os discos voadores, se ‘alimentam’ da eletricidade”.
Logo após o avistamento e a tomada das fotos, Diniz conta que se dirigiu rapidamente ao Jornal Correio Popular. Disse ele, “Na época eu não trabalhava no jornal, estava trabalhando com autorama, aeromodelismo, mas, o meu filho do meio, o Luís Carlos Toledo Diniz trabalhava no jornal, só que ele entrava às 19h e ainda não havia chegado. Assim, quem revelou as chapas foi o fotógrafo Luís Novaes”.
Ele contou que as chapas foram reveladas no jornal e ele mesmo as secou rapidamente. No entanto, não foram feitas no momento, fotografias em papel. Logo depois, o pessoal do jornal fez uma rápida entrevista com ele.
Diniz contou que no meio daquela semana, estava em Campinas, descendo a pé a rua César Bierrembach, próximo à rua Luzitana. Ele conta que naquela rua, “Estava parado um carro do 4º Comando Aéreo, com duas pessoas dentro e de uniforme da Aeronáutica. O carro era uma perua Chevrolet. Uma pessoa, à paisana, estava na calçada e quando passei ao lado do carro, esta pessoa se identificou como um tenente ou coisa parecida. Em seguida, ele perguntou se eu era o senhor Olney Diniz, que havia fotografado um disco voador e respondi que sim. O oficial me convidou a ir até o 4º Comando Aéreo, na cidade de São Paulo. Respondi que já era tarde, era pouco mais de 15h. Então, o oficial perguntou se eu poderia comparecer no dia seguinte, levando os negativos fotográficos e respondi que sim”.
Assim, no dia seguinte e sozinho, o senhor Diniz tomou o ônibus de Campinas para São Paulo. Ao chegar no 4º Comando Aéreo, se identificou e foi avisado de que estavam esperando por ele. “Foi chamada uma pessoa para me levar até a sala do comandante. Lá chegando, lá cumprimentei o comandante; as três pessoas do dia anterior foram chamadas e após um café na sala, a conversa passou para o fato do disco voador. Eles pediram os negativos. Perguntei se eles iriam apreender os negativos e a resposta foi negativa. Disseram que os negativos eram meus”, disse.
Os militares colocaram os negativos num projetor de slides de 35 milímetros. Porém, os negativos eram de 6x6 centímetros. Para caberem no projetor, cortaram um pouco dos negativos.
Diniz afirma que, “Os militares ficaram observando a projeção, sem comentários, durante uns 30 minutos. Entre eles, usaram termos de aviação e fizeram poucas perguntas. Foram muito gentis comigo. Depois de tudo me agradeceram. O comandante pediu para que um dos três elementos me levasse até a rodoviária. Nunca mais fui procurado pelos militares. Quando eu estive na TV Tupi, da cidade do Rio de Janeiro, havia dois militares da Aeronáutica para fazerem perguntas. Parece que o programa foi ao ar numa sexta-feira e lá fiquei quatro dias. A televisão me pagou o avião e o hotel, que era perto da TV Tupi. Quando cheguei no Aeroporto Santos Dumont, o senhor Alcindo Diniz, que produzia o programa, foi me buscar. E nunca mais até hoje, 14 de outubro de 1.995, vi disco voador”.
Os oficiais militares devolveram os negativos a Diniz sem fazer qualquer cópia ou colocar obstáculos em sua devolução. Segundo Diniz, eles oram extremamente cordiais e isso, quando estávamos em pleno ano de 1969 e, certamente, o SIOANI já estava ativo.
Os originais foram revelados em 1969, pelo jornal Correio Popular, que publicou as três fotografias que mostram a evolução do objeto bólido ou ovalado no céu [fotos acima]. As imagens reproduzidas aqui mostrando o objeto em vôo, são fotografias originais cedidas a este autor, pelo senhor Olney Diniz, quando de nosso encontro. Os negativos ficaram com ele, que faleceu alguns anos depois, sem que mantivéssemos outros contatos.
* José Carlos Rocha Vieira Júnior é professor de História e ufólogo desde 1974.
- Fotografias: Olney Diniz/Correio Popular/Do arquivo do autor.
- Produção: Pepe Chaves.
© Copyright, 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.
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